Sunday, March 18, 2012

de quando

este nosso amor olhar roçar querer saber sem entender desvelar rondar perceber perseguir zombar delirar substituir fazer suscitar e, em alguma toada, amar o sabor do desvio do destino do desatino da esperança desesperançada de que fossemos todos iguais e em não sendo não nos importar porque saber é sempre nunca saber e só amar-olhar-roçar-querer-saber-sem-entender-desvelar-rondar-perceber-perseguir-zombar-delirar-substituir-fazer suscitar- invertida-mente, isto é, suscitar-fazer-substituir-delirar-zombar-perseguir-perceber-rondar-desvelar-entender-sem-saber-querer-roçar-olhar-amar ao contrário do que da terra somos feitos: livres-em-sono-em-sonho-(s)em tiranias ou amarras e, depois, esquecer porque o poente vem e nada espera da lua que se levanta se bate a estrela aguda no horizonte da temperatura e assim amo de novo em hora errada em hora deserta em hora estrada. vazia. vazio de comprimento-tempero. acabou a pimenta. veio o jumento e se deixou estar na encosta da linguagem: burrice tentar explicar...
(de) quando?

noites...?

Há dias em que se é. Há dias em que o eu é esquecimento, sem o saber. E há outros dias, em que o eu é esquecimento sabendo. E nestes, a alma grita...(em congelamento). E aí, para isso, há sempre uma canção...