Quando se é...
Hoje pouco importa se é sábado,
dia de trabalho ou não-dia...porque é o dia em que me des-cubro. É o dia em que
o universo silencia os anseios e me dá a acertada clemência da só-vida. E do
que mais se precisa? A lembrança de um sorriso, o amor num passe de mágica. Os
dedos entrelaçados para o sempre da memória. O tempo parado. E sempre a se
mover... Os riscos tomados. Acertados. Quitadas as dívidas de todos os afetos.
Reencontros. Novos encontros. Mistérios. Aprendizado. Dos mais profundos.
Destes que fazem o inconsciente tremer de alegria, sem entender, porque o
inconsciente nunca entende. E eu quero mais. Mas, me contento com o tempo-que-só-é-sendo-para-ser, porque ao longo
dos anos, aprendi a pacientar isso do tempo porvir. Não pode
haver nada melhor. É tudo somente o tempo sem tempo. O tempo do sábado, domingo
ou qualquer dia em que se ouve o coração e o corpo a viver...