Lição1 sobre o Horizonte
Perde-se a beleza quando não se atenta à lua: o azul que não é blue, as velas dos barcos que distam da costa… a brilhar nas montanhas onde escondemos os medos…Perde-se a beleza quando se esvaziam as páginas de doçura, em verbo que não é intento, em vogal contraída e densa, em consoante pequena. E, assim, perde-se o entardecer, a hora em que o meu olhar encontra a gota que nunca é minguante na vaga da fímbria que se descola do oceano, quando tenho a certeza da tua presença: nuvem-mar (sem pensamento) em raios a cair no cais de todos os desesperos, como se fossem os raios de que, por vezes (e desafortunadamente) fugimos…fazendo esquecer o amor ( e a relembrar alguma dor). Como os infinitivos que existem, substituindo gerúndios, afastando apertos, soltando lamentos.
Depois, perde-se: a onda na areia e o horizonte que vira céu.
Então, estando verde e prometendo vertentes, alterna-se o esquecer da perda, a perda ela própria e a lembrança constante de que mais vale um sol em horizonte do que uma noite sem lua!!
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