aqui, sou estrangeira de mim. e isso me basta.
aqui, onde não o ontem. onde não. não apenas. não. aqui, sempre sim. aqui, onde o estrangeirismo se perde, flutua e recorre à membrana superior de mim. aqui. isso, sim, é viver. isso, de ser. isso de ser deveria bastar. mas, há o lá e o acolá. depois, é-se sempre estrangeira. depois. vira-se a página, como se nunca houvesse (des)familiarização, (des)familiarismo. só a sede de não-ser e a fome de desfazer o não-ser. aqui, não me bastam os reticentes olhares estranhos com que frequentemente julgam os meus timbres e fonemas. aqui, sou, apenas. sem ser. sempre. aqui sou apenas sem ser sempre. porque sempre não se é. sempre apenas se é sem sê-lo - em já sendo. estrangeira de nau qualquer. estrangeira de todas as naus. tripulante zero. mar aguando o meu não. o meu basta. aqui. (onde, sim. onda & todas as naus = amor).
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