mar-s-e-m-tempo
o céu em cinza
ziguezagueia e brinca de tempo-presente quando o tempo-será é inexistente e
depois vem a lua vem a mão da lua o sol que não é céu mas é o diabo do tempo em
esperança porque todo dia teima em ser temporar-i-a-mente vibrante e a tua voz
parte cedo e é quando percebo que neste tempo não nos cabem os des-enganos só
permanências de não-ser e porque não há porquês só certezas incertas de comer
cantigas amarelas-amarulas-da-infância e as amizades que não-são e só o tempo
bastando bastardo o alimento-roxo-esdrúxulo-&-à-tinta...somos sóbrios
ébrios sem brio e só calamidades mas os gregos souberam daquilo que nos
a-grega: tempo inteiro tão tenaz de tecido que murcha barriga de ouvir falar de
perito de mosquito de defunto e fim de mundo mudo tempo: a vida é escassa e o
tempo se esgota antes do tempo-será.
então, será preciso
mais disso e mais daquilo e menos disso&daquilo. Será preciso o
encontro-que-não-é.
O encontro-tempo. O encontro-encanto.O encontro-pirilampo. O eu
de mim-mar-morto. O eu-de-mim-trêmulo. e murmúrio-mar. murmúrio-marulando-dormências-de-amor...
No comments:
Post a Comment