Para quando todas as auroras se desfizerem em primaveras-tortas, para quando todos os outonos jamais tiverem qualquer possibilidade de verão, verse o pranto em riso, acenda todas as velas na chuva, caminhe descalça/o em terreno baldio e cheio de ervas, abrace os nós com que o Universo te presenteia, corra nu(a) em pleno frio do sul no mês de julho, descasque todas as batatas ao som da fúria de um hard rock, elabore o tempo do silêncio que perdeste. Sentirás que nada te falta, a não ser o teu próprio eu de quem te distanciaste. Olha a tua volta, (des)regula os passos, transpira o que já deixaste de ser há muito, isso do aqui e do ontem. Do agora e adiante. Hoje, sem remorsos...
Friday, July 25, 2014
Tuesday, July 22, 2014
Sobre o amor
Contra o amor, não há
medicação. Nâo há contra-indicação, também. O amor não se previne, acontece.
Pega-nos de surpresa e arrefece, com a mesma velocidade com que chega. Depois,
é o tormento das almas a sofrer a ausência e a dor da separação. O amor não se
previne. Acontece. Depois, é lamento distante, é injúria do cadafalso, da perda
sem dano, das emoções dispersas, da libido do gozo traído do não-ontem no hoje.
Contra o amor, há todos os dias. Há o hoje e o amanhã, à espera do amor de
ontem e do ontem sem amor no hoje com muito amor. Há a medicação para todos os
males, menos isso, do amor que se torna veneno, quando não mais vivido ou só
vivido na memória emancipada da pele em saudade...
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