O silêncio é o gelo do frio. Menos o calor que as palavras ocupam quando a página está em branco. Página de branco (e preto) que a respiração das palavras não ousa. As palavras são todas coloridas. Basta um nó de pensamento. Um nó em pensamento qualquer. E já lá vai o silêncio a se desfazer em desejo: palavra. E o frio se descongela. O frio tenta. Vira verão, se a página é menos. Mas hoje é inverno e o verbo, trans-verso.
Queria logo a primavera, sem esses espaços de verão em ponta de desejo, menos ainda o inverno, o sonho desfeito de quem atravessa o campo da batalha sem verso.
A agudeza do inverno me faz querer (outra) estação em menos silêncio.
Queria logo a primavera…
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