Tuesday, February 07, 2012

Desencapsulando casulos: raízes virando vôo…

Porque o tempo é vento e água. Porque somos a brisa que desconhecemos, a parte ínfima do vento que ignoramos. Porque tudo a cada parte é cabido. E quando desprezivelmente descabido, conscientizamo-nos de quem (não) somos. E ao nos sabermos não-sendo, descobrimo-nos. Depois é tudo de novo: água, vento e tempo, refazendo estações. Às vezes, perdoar é um ruído tenebroso, um barulho que preferimos não conhecer. É um ruído necessário, um barulho desagradável, com voltas alternadas de inconsistência. E preferimos prosseguir, sem dor. Só em lamento descontando o tempo que não fez caber vento sem brisa. Porque há sempre o verão. E há sempre o inverno no verão. O temor de todos nós: o inverno sem verão. Para uma prece de inverno com verão, é uma onda em cápsula desfeita num copo de lágrima virando sorriso…

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