Tuesday, July 22, 2014

Sobre o amor

Contra o amor, não há medicação. Nâo há contra-indicação, também. O amor não se previne, acontece. Pega-nos de surpresa e arrefece, com a mesma velocidade com que chega. Depois, é o tormento das almas a sofrer a ausência e a dor da separação. O amor não se previne. Acontece. Depois, é lamento distante, é injúria do cadafalso, da perda sem dano, das emoções dispersas, da libido do gozo traído do não-ontem no hoje. Contra o amor, há todos os dias. Há o hoje e o amanhã, à espera do amor de ontem e do ontem sem amor no hoje com muito amor. Há a medicação para todos os males, menos isso, do amor que se torna veneno, quando não mais vivido ou só vivido na memória emancipada da pele em saudade...

1 comment:

conceição said...

Como sempre é lindo!