Asfalto quente derretendo pneus, tornando rodas geometricamente distantes...cheiro de jazz. O mar é muito denso para qualquer pensamento. A areia, muito fina. O pensamento não cabe no bolso da viagem. Só a alegria nada costumeira da leveza do asfalto na estrada noturna. E o jazz quase virando bossa nova...Ainda bem que ainda é jazz. E os livros tantos aquecem na medida do orvalho que escutamos ao tocarmos o verde quase esquecido das montanhas e desconhermo-nos. Saudade do que pensáramos um dia termos conhecido! 2048: para onde retornaremos após 2046?
A chuva parece distante, como as rodas geometricamente distantes. Desconhecemos rallies. Desconhecemos o deserto. Mas, a chuva parece distante. Deve ser o mar...(e o jazz, que teima, teima e teima...Charlie Parker recriado por Julio Cortázar no metro parisiense...). Imagem do deserto. Só imagem. Imagem só. A chuva parece distante. Deve ser o mar (e o jazz, que sempre teima).
1 comment:
«O jazz que sempre teima»
: ) Gostei muito deste post.
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